A associação entre o ciliado peritríquio Vorticella oceanica e a diatomácea cêntrica Chaetoceros coarctatus é um exemplo notável de interação simbiótica no ambiente marinho. Nessa relação, V. oceanica atua como epibionte, fixando-se externamente às células ou cadeias de C. coarctatus, que servem como basibionte.
Estudos indicam que essa associação é amplamente distribuída em águas marinhas, incluindo o Oceano Atlântico Sul. A fixação de V. oceanica em C. coarctatus ocorre em diferentes fases, desde a adesão inicial até a formação de uma conexão estável .
A presença de V. oceanica pode influenciar a motilidade de C. coarctatus. Observações sugerem que o ciliado pode afetar os padrões de movimento da diatomácea, possivelmente alterando sua posição na coluna d'água e, consequentemente, sua capacidade de realizar fotossíntese e adquirir nutrientes .
Além disso, V. oceanica gera correntes alimentares que podem impactar o microambiente ao redor de C. coarctatus. Essas correntes são utilizadas pelo ciliado para capturar partículas alimentares, mas também podem influenciar a disponibilidade de nutrientes e a remoção de resíduos próximos à diatomácea .
Embora a associação entre V. oceanica e C. coarctatus seja bem documentada, as implicações ecológicas dessa interação ainda não são totalmente compreendidas. Pesquisas adicionais são necessárias para elucidar os benefícios ou desvantagens mútuas dessa relação e seu impacto nos ecossistemas marinhos.